domingo, 7 de novembro de 2010

CARYBÉ




Assim como o fotógrafo Pierre Verger, tornou-se cada vez mais frequente encontrar obras de Carybé e citações sobre ele quando estou procurando informações e assuntos para trazer para o onosso blog.


A história de Carybé

 Obra Vadiação, que ilustrou o selo dos Correios

Argentino da cidade de Lanús, Hector Julio Páride Bernabó, nasceu em 7 de fevereiro de 1911, mas viveu na Argentina apenas até os seis meses de idade. Logo mudou-se para a Itália, onde passou a maior parte da infância.

Aos 8 anos de idade, Hector veio para o Rio de Janeiro, onde recebeu apelido Carybé quando foi escoteiro. O apelido se refere a um peixe de água doce, pois, na época, era comum entre o grupo de escoteiros do Clube do Flamengo serem identificados por nome de peixes.
Ainda no Rio de Janeiro, Carybé estudou na Escola Nacional de Belas Artes, entre 1927 e 1929.

Carybé foi enviado a Salvador em 1938 pelo Jornal Pregón, para fazer uma reportagem sobre Lampião. Mas a mudança definitiva para a Bahia foi na década de 50, a convite do secretário da Educação Anísio Teixeira. Em 1957, o artista se naturalizou brasileiro.

Com uma vida rica em histórias, Carybé foi homenageado por Jorge Amado que, em 1996, reúne relatos da vida do amigo no livro O Capeta Carybé, que foi ilustrado pelo próprio artista.

Carybé morreu de ataque cardíaco em 2 de outubro de 1997, em Salvador. 


As obras


 
Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, pesquisador, historiador e jornalista, Carybé se destacou principalmente nas artes plásticas.

Na Bahia, Carybé encontrou inspiração para seus trabalhos. Integrado à cultura afro-baiana, retratou com sua arte os ritos do candomblé e cenas cotidianas com pescadores, vendedores ambulantes, lavadeiras, e capoeiristas, entre outros personagens populares.

Mas a relação de Carybé com a capoeira, não se deu apenas através de sua arte. Ele também era frequentador do barracão de Mestre Waldemar (prometo uma postagem exclusiva o grange Mestre.), e hoje é homenageado, dando nome a um grupo.

Como ilustrador, além de livros do amigo Jorge Amado, o artista também ilustrou a primeira edição de Macunaíma, de Mário de Andrade e Cem Anos de Solidão, do escritor colombiano Gabriel García Marquez.

Hoje, 27 painéis de Carybé, representando os orixás do candomblé, estão no Museu Afro-Brasileiro de Salvador. Os painéis foram confeccionados em madeira de cedro, com entalhe e incrustações de materiais diversos, sob encomenda do antigo Banco da Bahia, que os instalou em sua agência da Avenida Sete de Setembro, em 1968.

Também há murais do artista expostos atualmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Montreal, Buenos Aires e Nova York e Miami.

3 comentários:

  1. Gosto muito das telas dele, mas não conheço nenhuma escultura. Achei que beleza da arte dele é tá na simplicidade da representação :)
    Lindos trabalhos

    ps.: tem algum botãozinho de seguir vocês??? Eu já tentei algumas vezes e não consigo :(

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  2. eu nao sei mexer nisso direito mas vou ver ser consigo colocar ;)

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  3. Tem sim! a direita tem escrito sequidores e logo abaixo o botãozinho "seguir".
    Qualquer coisa estamos a disposição.

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