sábado, 26 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Novo Livro do Mestre João Grande de Pastinha.


Sábado, dia 26, tem lançamento do livro Mestre João Grande: Na Roda do Mundo, às 15h, no Rio de Janeiro. Logo após a roda mensal do Grupo de Capoeira Angola N'golo, que começa às 11h.

Publicada pela Biblioteca Nacional e Editora Garamond, a obra de Maurício de Castro faz parte da coleção
Personalidades Negras.

A partir da história de Mestre João Grande, o livro vai além e aborda a aceitação da capoeira angola no exterior, a globalização da capoeira e a manutenção das tradições dentro do cenário globalizado que marca os dias atuais.

O lançamento será na Livraria Largo das Letras, no Mercado das Pulgas - rua Almirante Alexandrino, 501, Largo dos Guimarães, Bairro Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

No lançamento, o livro será vendido pelo preço promocional de R$ 25, mas quem não puder comparecer, já pode adquirir o livro pelo 
Submarino
, clicando aqui.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ADEUS MESTRE VIEIRA...

 ENQUANTO OBAMA SE ALEGRA COM AS APRESENTAÇÕES DE CAPOEIRA...

A visita do Presidente dos Estados Unidos ao Brasil tem causado grandes impactos em nossa sociedade, seja por parte da população, querendo ver o Presidente da maior potência mundial, querendo acreditar ser este sonho possível e, de outro, o Governo Brasileiro e empresários havidos por fecharem negócios de interesse para ambos os lados. No meio disso tudo ficam os artistas brasileiros, “convidados” para darem seu show particular (ou seria coletivo) para o primeiro presidente negro na história dos Estados Unidos e sua família.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr 
Como não poderia deixar de ser, diversas foram às apresentações culturais voltadas para a comitiva de Barack Obama. Na capital federal um dos destaques foi à apresentação de capoeira e aqui, no Rio de Janeiro, além da Capoeira, houve a participação do Grupo Cultural Afro Reggae.

Porque estou falando sobre isso? Não é de hoje que os governos se utilizam das culturas africanas e afro-brasileiras para divulgarem a imagem do Brasil para o mundo. A nossa Capoeira, como uma das nossas maiores embaixadoras culturais no mundo, sempre é lembrada. Acho muito bom que isto aconteça. Mas porque só se lembram de nossas culturas nestes momentos.  Se estas são tão importantes, porque até hoje não implantaram as leis que tratam da temática étnico-racial como política pública para as áreas de educação e cultura no processo de ensino e aprendizagem das redes públicas e privadas de ensino por esse país afora? 

As alterações na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) ocorridas em virtude das Leis 10.639/2003 e 11.645 de 10 de março de 2008; o parecer nº 03/2004 do Conselho Nacional de Educação/CNE/Conselho Pleno – CP – Ministério da Educação – MEC, da Resolução nº 01/2004 do Conselho Nacional de Educação, do Art. 3º do Decreto 6040, de 07 de fevereiro de 2007, da Deliberação 04/2006 do Conselho Estadual de Educação – CEE / RJ não vão sair do papel? Por quê? Claro que alguns avanços ocorreram, mas ainda são muito poucos.

Enquanto isso...
Enquanto a nossa história não é contada como deveria em nossas escolas, continuamos realizando festas para agradar a gregos e troianos, e agora, também, aos americanos. Nada contra realizarmos festas, somos um povo festeiro. Mas enquanto são gastos milhões para "festas" com autoridades como estas, os "Zeladores" de nossa cultura estão partindo para “outro nível” sem que tenham tido, em vida, o reconhecimento do Poder Público constituído. 

Do “show”... para o cemitério
Mestre Vieira à direita na foto
Depois de uma bela apresentação de Capoeira na Cidade de Deus, que com certeza ficará na memória de muitos e muitas dos (as) que ali estivam, a Capoeira do Rio de Janeiro está de luto. Morreu ontem, de tuberculose, o Mestre Vieira, grande Mestre de Capoeira de nosso Estado, por volta das 19 horas. Mestre Vieira foi um precursor de grandes eventos de Capoeira em nosso Estado.  Com uma grande consciência racial, tinha a preocupação de transmitir o seu conhecimento para os jovens, ensinando-lhes a importância da preservação de nossa cultura. Lembro-me quando, na época do Campeonato Pan-Americano de 2007 o Mestre Vieira esteve comprometido na realização de um grande evento de Capoeira denominado CAPOEIRA DO RIO É PAN. Incansável em sua luta pela preservação e divulgação de nossa arte, uma de outras de suas grandes obras era uma grande Roda de Capoeira com uma suculenta feijoada para comemorar o Dia 20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. Bom, Mestre Vieira, descanse em Paz. Com certeza o legado deixado por ti para as futuras gerações por nós será preservado. Que Deus esteja convosco. 
 
 TEXTO ESCRITO PELO: MESTRE PAULÃO- @mestrepaulao

sexta-feira, 18 de março de 2011

RIO CAPOEIRA 2011.

maiores informações acessem: www.riocapoeira2011.com.br


O Rio Capoeira 2011 

É um evento de celebração da capoeira.
Um espaço ideal para o diálogo amigo e aberto entre todos os grupos, mestres, professores, alunos, estudiosos e admiradores da capoeira, é fruto dos esforços conjuntos de seus maiores representantes, no intuito de, unidos, proporcionarem um espaço onde possam, em vista dos vindouros Jogos Olímpicos de 2016, debater os diversos temas que concernem a evolução da capoeira como esporte, e sua inclusão no rol das práticas olímpicas, porém sem abandonar os elementos que a tornam uma manifestação artística e cultural sem similares.
Composto de palestras, oficinas, cursos e rodas, o evento oferece um espaço de confraternização e conscientização onde capoeiristas e apreciadores de todas as idades e camadas sociais podem se encontrar e se divertir, aprendendo e trocando experiências.
Participantes terão a chance de fazer aulas com as maiores autoridades da capoeira do Brasil e do mundo, e ouvir palestras dos maiores pesquisadores da atualidade! 

Organizadores

Partindo da iniciativa de Mestre Boneco (Grupo Capoeira Brasil), o Rio Capoeira 2011 é resultado da parceria entre a BRSimas Produções Artísticas e BiArte Eventos, com a união dos esforços dos mais renomados mestres de capoeira do mundo, como Mestre Paulão do Ceará e Paulinho Sabiá (Grupo Capoeira Brasil), Mestre Toni Vargas (Grupo Senzala), Mestre Hulk (Grupo Terra Firme), Mestre Mão Branca (Grupo Capoeiras Gerais), Mestre Itapoan (Grupo Ginga), Mestre Touro (Grupo Corda Bamba), Mestre Suassuna (Grupo Cordão de Ouro), Mestre Burguês (Grupo Muzenza), e diversos outros.
Juntos eles representam o comitê de organização do Rio Capoeira 2011, buscando a todos os grupos, federações, organizações e indivíduos que compõem a comunidade da capoeira, incitando-os a se unir e fazer do Forum um evento marcante e inesquecível.

 Não percam esta oportunidade!

Aconteçerá dos dias 13 ao dia 17 de Julho de 2011.

RODA SEMANAL

RODA DO MESTRE RAPOSÃO


ESTA SEXTA-FEIRA DIA 18/03/2011 
NO ESPAÇO CULTURAL .
A PARTIR DAS 19:30HRS.

TODOS CONVIDADOS.


SALVE CAPOEIRA.


quarta-feira, 16 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Capoeira e Português

Quatro motivos para o capoeirista falar um bom português


Não sei se isso ocorre também no exterior, mas no Brasil vejo que existe uma espécie de crença de que quem trabalha com o corpo não precisa falar bem.

Jogadores de futebol, são um exemplo clássico dessa "crença" sem fundamento, mas ela vai além dos campos, já está presente em vários esportes e também existe no universo da capoeira.

O mais triste, é ver que existem atletas e capoeiristas que realmente acreditam que falar ou escrever corretamente é algo sem importância. Lembrando que não estou falando de usar o Português culto, mas apenas usar nossa língua corretamente.

Eu poderia citar dezenas de motivos para que todo brasileiro, incluindo atletas, procurem usar a nossa língua de forma correta; mas como eu acredito que o capoeirista tem mais motivos para isto do que boa parte dos brasileiros, cito então quatro motivos para o capoeirista falar um bom português:

1 - A capoeira é o maior veículo de divulgação da língua portuguesa no mundo: Um título desses tem valor e merece respeito. É um verdadeiro pecado um capoeirista ignorá-lo e sair por aí falando de qualquer jeito.

2 - Dar exemplo às crianças: Ligada a ações sociais ou simplesmente ensinada dentro de uma escola pública ou particular, a capoeira envolve, estimula e influencia inúmeras crianças. Não são poucos os mestres e professores que exigem que seus alunos frequentem a escola e tirem boas notas. Mas isso pouco adianta se o mestre não der o exemplo.

3 - Dar um drible no preconceito: Infelizmente os capoeiristas ainda são vistos por muitos como marginais desocupados, e falar de qualquer jeito muitas vezes reforça essa ideia. Por outro lado, um bom português pode levar muitos preconceituosos a reverem seus conceitos.

4 - Um bom português pode ajudar na busca de apoio: Se existem grupos autossuficientes, com certeza são raros. Normalmente um grupo de capoeira precisa de algum tipo de investimento, seja público ou privado. Um bom patrocinador escolhe muito bem em que ou a quem vincular sua marca, portanto, um bom português pode fazer toda a diferença, ajudando a ganhar a confiança do patrocinador.

Vale lembrar que a língua portuguesa é considerada por muitos uma das mais difíceis do mundo, portanto cometer erros é normal. O que não vale é chutar o balde, não é?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Capoeira no vídeo game.

Berimbau Hero

Você, tocador de berimbau, está preparado para testar sua agilidade no mundo dos games?

Conheci através do Psicocapoeira, o blog do Psico, o jogo Berimbau Hero que, como o nome já denuncia, foi inspirado no famoso Guitar Hero, substituindo, é claro, a guitarra pelo nosso berimbau. O mini game foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa Comunidades Virtuais da Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

Quer experimentar, clique aqui.

E aproveitando a deixa, fica aqui outra sugestão para quem ainda não conhece: Visite também o blog do Psico pois tem sempre muita coisa boa lá.

Minha opinião: Eu testei o jogo e achei um pouco difícil de acompanhar, e nao tem como nivelar o tempo, então achei um pouquinho cansativo. Mas achei boa a inciativa. 
fica ai o link para vocês testarem e enviarem suas opiniões.

Até mais..

terça-feira, 8 de março de 2011

Viva à Mulher.

Como já é tradição , nesse Dia Internacional da Mulher homenageio todas as mulheres lembrando de uma grande guerreira.

Desta vez, trago a história de Maria Felipa. O texto eu escrevi originalmente para a coluna Capoeira Mulheres, no Portal Capoeira. Aliás, quem não conhece a coluna, está convidado a conhecer. Mas vamos ao que interessa:
Quem foi Maria Felipa?
Maria Felipa de Oliveira viveu na Bahia no século XIX e teve um importante papel na Guerra da Independência, que ocorreu entre 1822 e 1824, para reafirmar a independência proclamada em 7 de setembro de 1822, até que esta fosse reconhecida por Portugal.

Na Bahia, assim como nas províncias de Cisplatina (onde atualmente é o Uruguai), Piauí, Maranhão e Grão-Pará, devido à concentração estratégica de tropas do Exército Português, as lutas foram mais acirradas.

Quando a tropa portuguesa comandada pelo General Madeira de Melo tentou invadir a Ilha de Itaparica para controlar a guerra a partir da Bahia de Todos os Santos, Maria Felipa liderava as vedetas (vigias) da praia, um grupo de 40 mulheres que entrou no acampamento do exército português, atacou os guardas com galhos de cansansão, uma planta que provoca sensação de queimadura ao toque, e puseram fogo em 42 embarcações, promovendo baixas no exército.

Além de guerreira, Maria Felipa também atuou na guerra como enfermeira, socorrendo feridos, além de trazer para a resistência em Itaparica informações da guerra obtidas nas rodas de capoeira do Cais Dourado, para onde ia remando sua canoa.

Há quem acredite que Maria Felipa seja a identidade verdadeira de Maria Doze Homens, que ganhou este apelido após deixar doze homens no chão, porém não existe confirmação a respeito e há ainda outras versões, em uma das quais Maria Doze Homens teria sido companheira de Besouro Mangangá.

O atestado de óbito datado de 04 de janeiro de 1873, confirma que Maria Felipa sobreviveu à guerra e continuou levando sua vida na ilha por muitos anos, porém de seu nascimento nada se sabe.

A heroína foi retratada na obra de Ubaldo Osório, A ilha de Itaparica, e no romance Sargento Pedro, do escritor baiano Xavier Marques, onde são são contados vários feitos atribuídos à capoeirista.